domingo, 15 de novembro de 2009

Osteoporose Senil


Doença que aflige parcela significativa da população senil brasileira, a osteoporose, caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea, vem tomando lugar de destaque devido a fatos como a expectativa de vida crescente da nossa população e os custos gerados pela fraturas decorrentes do enfraquecimento ósseo causado por tal enfermidade, como bem aponta em seu artigo sobre Osteoporose Senil, Eliane Battani Dourador, pesquisadora Laboratório de Metabolismo Ósseo da Universidade de São Paulo.
A matriz óssea é formada por uma parcela orgânica e uma inorgânica cuja composição apresenta basicamente íons de cálcio e íons fosfato formando cristais de hidroxiapatita. O tecido ósseo apresenta tipos celulares como os osteócitos, osteoblastos e osteoclastos que são responsáveis por lhe conferir tal característica. Os osteócitos são responsáveis por manterem a integridade da matriz, já os osteoblastos sintetizam substâncias orgânicas como o colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas. Pois bem, as figuras que ocupam lugar de destaque são os osteoclastos, células fagocitárias dos ossos, pois estão envolvidos na reabsorção da matriz óssea, ou seja, atuam na liberação de cálcio na circulação. O que controla tal dinâmica é a relação hormonal principalmente dos chamados hormônios como a Calcitonina, produzida pela tireóide que impede a reabsorção óssea e seu antagonista, o Paratormônio (PTH), produzido pela paratireóide, atuando também nos rins e no intestino.
A menopausa, alteração hormonal observada nas mulheres na faixa de idade em torno de 45 anos, principalmente no que diz respeito à diminuição na produção de hormônios estrógenos, que estimulam a produção de calcitonina, é o grande responsável pela alta incidência de osteoporose na população feminina. Além disso, as mulheres naturalmente apresentam uma menor massa óssea.


O seguinte quadro, retirado do artigo citado anteriormente, indica outras alterações bioquímicas e fisiológicas relacionadas à osteoporose senil:



Os tratamentos de tal disfunção baseiam-se na suplementação com compostos de cálcio, vitamina D cujo composto ativo é o calcitriol, terapia de reposição hormonal, bisfosfonatos, que impedem a atuação dos osteoclastos.

Fontes: Anatomia Orientada para a Clínica, Moore e Dalley
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000600010&lang=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042008000500009&lang=pt

Postado Por: Pedro Rafael

Um comentário:

  1. Muito bom Pedro, e boa escolha nas referências. Coloque esse esquema no painel, vai ficar massa.

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