Quando alguém quer caracterizar um idoso, normalmente arqueia a coluna e anda a passos curtos e inseguros. Mas além dos problemas relacionados a articulações e ossos, o idoso também é acometido por uma outra enfermidade não totalmente compreendida ainda, a sarcopenia. Como é inerente aos processos fisiológicos de envelhecimento, alguns autores tendem a defini-la como doença somente se for ligada também a limitações.
A sarcopenia consiste na perda de massa muscular ao longo do tempo. Estima-se que, a partir dos 40 anos, há uma perda de aproximadamente 5% da massa muscular, o que se acentua depois dos 65 anos. Assim, o idoso não só tem mais dificuldade de locomoção e de realizar tarefas que exigem maior esforço por causa de doenças várias, seja neurodegenerativa ou relacionada a algum órgão, como também tem uma perda de massa muscular, o que, no conjunto, resulta naquele quadro de fragilidade.
Sarcopenia. Corte de ressonância magnética da coxa de um adulto de
21 anos, fisicamente ativo (acima) e idoso de 63 anos, sedentário (abaixo). A
massa muscular (cinza) está diminuída no idoso; a gordura (branco) subcutânea e
intramuscular está aumentada. Retirado de http://www.scielo.br/pdf/rbr/v46n6/06.pdf
As causas da doença são diversas, ainda não totalmente conhecidas. Mas ela pode estar relacionada a alguns fatores:
Hormonais: a redução de GH e IGF-1 está ligada e uma menor reposição de fibras musculares, e a queda desses hormônios é natural com a velhice.
Nutricionais: o idoso tende a se alimentar menos por uma diminuição do gasto metabólico basal. Assim, há uma menor quantidade de proteínas disponível para reposição muscular.
A obesidade, apesar de não haver ligação comprovada entre ela e a sarcopenia, diminui consideravelmente a capacidade física, ainda mais quando associada à sarcopenia.
Para uma melhora no quadro, estudos têm sido feitos na área de reposição hormonal, mas poucos resultados foram obtidos por enquanto.
Os mais promissores resultados foram obtidos com o exercício físico, não só no tratamento como principalmente na prevenção. A prática regular de exercício desde a infância acarreta numa maior potência muscular na velhice, e a prática já quando idoso e sarcopênico também tem demonstrado melhora na força física e, conseqüentemente, na independência do paciente, pois lhe dá uma maior segurança na caminhada e no equilíbrio, resultando também numa menor quantidade de quedas.
Referências:
Guimarães, Renato Maia e Cunha, Ulisses G. de Vasconcelos
Sinais e Sintomas em Geriatria; Revinter
http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/372/424
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v46n6/06.pdf
Postado por: Monique M. C. D. Oliveira
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
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achei ótimo seu post!!!
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