sábado, 5 de dezembro de 2009

Doença de Alzheimer


Alois Alzheimer

Caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907, a doença que então leva seu nome, Doença de Alzheimer (DA), é um distúrbio neurodegenerativo progressivo e irreversível, que causa perda da memória e outros distúrbios cognitivos. “A DA é a causa mais comum de demência em idosos, acometendo de 1% a pouco mais de 6% da população a partir dos 65 anos e atingindo valores de prevalência superiores a 50% em indivíduos com 95 anos ou mais. No Brasil, os dados epidemiológicos são semelhantes. Em pesquisa feita em Catanduva (SP), 7,1% das pessoas com 65 anos ou mais apresentavam demência, sendo que DA foi diagnosticada em 55,1% desses casos (VILELA, 2006)”. Clarice Cristina da Silva Melo – http://www.webartigos.com/articles/3371/1/doena-de-alzheimer-aspectos-fisiopatolgicos-e-epidemiolgicos/pagina1.html
No cérebro de pacientes com DA observa-se atrofia cortical difusa, grande número de placas senis e novelos neurofibrilares, degenerações grânulo-vacuolares e a perda neuronal excessiva característica. Nota-se também um acúmulo da proteína -amilóide nas placas senis e da microtubulina tau nos novelos neurofibrilares. É cogitada a idéia de que a concentração de placas senis esteja correlacionada ao grau de demência nos indivíduos com DA.. Demência que, ao meu ver, figura como o grande terror da maioria das pessoas devido ao grau de dependência na realização de atividades simples cotidianas, como cuidar da própria higiene, que tal estado muitas das vezes impõe. Transtornos da transmissão da acetilcolina e acetiltransferases ocorrem freqüentemente nos indivíduos afetados.



É consenso que o fator genético é predominante na DA. Foram apontados também como agentes etiológicos, a toxidade a agentes infecciosos, ao alumínio, a radicais livres de oxigênio, a aminoácidos neurotóxicos e a ocorrência de danos em microtúbulos e proteínas associadas. Todos esses fatores podem causar dano direto no material genético, causando mutações.


Fontes:
http://www.vicnet.com.br/starfire/sobrac/9.html
http://www.webartigos.com/articles/3371/1/doena-de-alzheimer-aspectos-fisiopatolgicos-e-epidemiolgicos/pagina1.html
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000600003&lang=pt

Postado por: Pedro Rafael

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tratamento da Disfunção Erétil

O painel que eu montei é sobre o Climatério, ou seja, a etapa do processo de envelhecimento que marca a transição da fase reprodutiva da vida para a não-reprodutiva. E um dos tópicos que é abordado no painel é a disfunção erétil que acomete os idosos. Porém no painel não foi comentado como pode ser feito o tratamento dessa situação para que o homem possa manter sua atividade sexual. Pois é, mesmo os mais velhos podem manter sua vida sexual ativa. Muitos idosos sofrendo de disfunção erétil simplesmente aceitam sua situação como sendo natural ao processo de envelhecimento. Porém, o tratamento para tal situação está ao alcance de homens de qualquer idade.

O Viagra é a forma mais famosa de tratamento para a disfunção erétil. Vou explicar brevemente como alguns elementos importantes na ereção agem para que possamos entender como o viagra atua. Durante o estímulo sexual, óxido nítrico é liberado no corpo cavernoso, levando a ativação da enzima guanilato ciclase. Esta enzima, por sua vez, converte guanosina trifosfato (GTP) em guanosina monofosfato (GMP). Essa substância será responsável por produzir um relaxamento do músculo liso (musculatura do corpo cavernoso e de suas arteríolas), permitindo um influxo de sangue no corpo cavernoso peniano. Tendo entendido esse processo, podemos passar para a ação do viagra. O sidenafil (viagra) inibe a ação da enzima fosfodiesterase tipo 5 que é responsável pela degradação do GMP. Ou seja, o medicamento leva a uma maior concentração de GMP no corpo cavernoso; melhorando a ação de relaxamento muscular e, consequentemente, a de influxo de sangue no pênis.

Remédios vasodilatadores também auxiliam na ereção peniana.


Existe também um tratamento bastante prático da disfunção: é a chamada terapia intracavernosa. Os medicamentos utilizados na injeção peniana têm basicamente as mesmas funções dos medicamentos orais (principalmente a vasodilatação), porém são mais objetivos e eficientes.

Outro método de tratamento bastante interessante é o dispositivo de ereção à vácuo. Este dispositivo realiza o enchimento peniano por sucção. Acompanhe o processo com as figuras:

Com o cilindro sobre o pênis, o ar é retirado do seu interior através de uma bomba. Criou-se então o vácuo, levando a uma ereção. Fixa-se o anel de constrição na base do pênis ereto para impedir a saída do sangue e consequente perda da ereção.

Ainda podemos citar as próteses penianas. A implantação dessas próteses dá ao homem um sistema de ereção artificial em substituição do natural. Elas podem ser de vários tipos. As maleaveis criam uma semi-ereção permanente, a articulaveis permitem ser colocadas em qualquer posição, as infláveis podem ser enchidas e esvaziadas e o seu funcionamento pode ser observado no vídeo a baixo:



É sempre importante lembrar que esses tratamentos têm suas contra-indicações e seus efeitos colaterais que eu não citei aqui. Portanto, antes de fazer uso de qualquer um deles, deve-se procurar orientação médica. =)

Referências Bibliográficas:
http://ns2.cff.org.br/cff/mostraPagina.asp?codServico=145
http://www.urologia.com.br/asp/d_urologia.asp?Codigo=10762
http://www.institutopaulista.com.br/sub_tratamentos_cirurgicos.htm
www.youtube.com.br

Postado por: Fernanda N. Costa

Sarcopenia

Quando alguém quer caracterizar um idoso, normalmente arqueia a coluna e anda a passos curtos e inseguros. Mas além dos problemas relacionados a articulações e ossos, o idoso também é acometido por uma outra enfermidade não totalmente compreendida ainda, a sarcopenia. Como é inerente aos processos fisiológicos de envelhecimento, alguns autores tendem a defini-la como doença somente se for ligada também a limitações.
A sarcopenia consiste na perda de massa muscular ao longo do tempo. Estima-se que, a partir dos 40 anos, há uma perda de aproximadamente 5% da massa muscular, o que se acentua depois dos 65 anos. Assim, o idoso não só tem mais dificuldade de locomoção e de realizar tarefas que exigem maior esforço por causa de doenças várias, seja neurodegenerativa ou relacionada a algum órgão, como também tem uma perda de massa muscular, o que, no conjunto, resulta naquele quadro de fragilidade.



Sarcopenia. Corte de ressonância magnética da coxa de um adulto de
21 anos, fisicamente ativo (acima) e idoso de 63 anos, sedentário (abaixo). A
massa muscular (cinza) está diminuída no idoso; a gordura (branco) subcutânea e
intramuscular está aumentada. Retirado de http://www.scielo.br/pdf/rbr/v46n6/06.pdf



As causas da doença são diversas, ainda não totalmente conhecidas. Mas ela pode estar relacionada a alguns fatores:




Hormonais
: a redução de GH e IGF-1 está ligada e uma menor reposição de fibras musculares, e a queda desses hormônios é natural com a velhice.

Nutricionais: o idoso tende a se alimentar menos por uma diminuição do gasto metabólico basal. Assim, há uma menor quantidade de proteínas disponível para reposição muscular.

A obesidade, apesar de não haver ligação comprovada entre ela e a sarcopenia, diminui consideravelmente a capacidade física, ainda mais quando associada à sarcopenia.
Para uma melhora no quadro, estudos têm sido feitos na área de reposição hormonal, mas poucos resultados foram obtidos por enquanto.
Os mais promissores resultados foram obtidos com o exercício físico, não só no tratamento como principalmente na prevenção. A prática regular de exercício desde a infância acarreta numa maior potência muscular na velhice, e a prática já quando idoso e sarcopênico também tem demonstrado melhora na força física e, conseqüentemente, na independência do paciente, pois lhe dá uma maior segurança na caminhada e no equilíbrio, resultando também numa menor quantidade de quedas.

Referências:

Guimarães, Renato Maia e Cunha, Ulisses G. de Vasconcelos
Sinais e Sintomas em Geriatria; Revinter
http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/372/424
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v46n6/06.pdf

Postado por: Monique M. C. D. Oliveira